Diogo António Feijó (Padre)
Padre Diogo António Feijó
"O coração nunca envelhece. Basta um sorriso, um nada, um abraço e tudo nele se ilumina e aquece."
Padre e político separatista brasileiro nascido em São Paulo, caracterizado por combinar ideias de um liberal radical com propostas e práticas políticas conservadoras. Filho de pais desconhecidos e abandonado ao nascer, foi criado por uma família de barões do café. Educado na companhia do padre José Gonçalves de Lima, aos 19 anos fixou-se em São Carlos, onde ensinou latim e português. Depois de estudar filosofia em São Paulo e em São Carlos, ordenou-se sacerdote católico (1805). Viveu como padre e agricultor (1805-1818), quando se mudou para Itu e ali se ligou ao grupo de oposição ao predomínio dos Andradas na política paulista. Foi eleito deputado às Cortes Constitucionais (1821-1822), em Lisboa, tornou-se defensor de idéias separatistas, foi perseguido pela Coroa portuguesa e refugiou-se na Inglaterra. Voltou ao Brasil (1822) após a independência, opôs-se a constituição outorgada (1824) e foi eleito deputado por duas legislaturas (1826-1829) e de (1830-1833). Lutou contra o absolutismo, a escravidão e o celibato clerical. Chamou os liberais de clube de assassinos e anarquistas e também se afastou dos restauradores. Ocupou o Ministério da Justiça (1831-1832), foi eleito senador pelo Rio de Janeiro (1833) e regente único do reino (1835). Autoritário na condução do Estado e sem bases de apoio próprias, foi obrigado a renunciar (1837). Abandonou os serviços eclesiásticos e participou da Revolução Liberal (1842) e, derrotado, fugiu para Vitória. Voltou ao Rio de Janeiro (1843) e, nesse mesmo ano, morreu em São Paulo. Escreveu um livro Noções gerais de filosofia (1912), um dos primeiros trabalhos brasileiros a fazerem referências ao pensamento de Kant e só publicado postumamente.
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/DiogoAnt.html
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