António Aleixo

 

Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo
qu'rer um mundo novo a sério.

 

Considerado um dos poetas populares algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto. No entanto, deixou-nos como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.

Do seu percurso de vida fazem parte profissões como tecelão, guarda de polícia e servente de pedreiro, quando esteve emigrado em França.

De regresso a Portugal voltou a Loulé onde passou a vender cautelas e a cantar as suas quadras  pelas feiras portuguesas, atividades que se juntaram às suas muitas profissões e que lhe renderia a alcunha de "poeta-cauteleiro".

O seu primeiro livro permitiu-lhe ter uma vida melhor, embora ensombrada pela morte de uma filha com tuberculose. Ele próprio viria a morrer dessa doença, a 16 de Novembro de 1949, tendo estado internado no Hospital dos Covões em Coimbra.

Em Coimbra começa uma nova era que lhe permite descobrir novas amizades e novos admiradores, que reconhecem o seu talento, sendo de destacar o Dr. Armando Gonçalves, o escritor Miguel Torga e António Santos (Tossan), artista plástico e autor da mais conhecida imagem do poeta algarvio, amigos do poeta que nunca o desamparam nas horas difíceis.

A 27 de Maio de 1944 recebeu o grau de Oficial da Ordem de Mérito.

O seu nome consta da toponímia de muitas localidades portuguesas e de algumas instituições.

Ultimamente a mais conhecida é a Fundação António Aleixo, com sede em Loulé, que atribui bolsas de estudo a alunos carenciados e apoia muitas famílias carenciadas.

Talvez seja devido ao seu meritório trabalho no âmbito do apoio social, que o governo português tenha proposto a sua extinção

 

Fonte: Wikipedia e outros

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